Toffoli nega pedido de Sérgio Cabral para anular processo da Lava Jato

Toffoli nega pedido de Sérgio Cabral para anular processo da Lava Jato

Ministro do STF diz que caso do ex-governador não tem relação com decisões que reconheceram “conluio” entre Moro e procuradores

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli rejeitou o pedido do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral para anular todos os atos e decisões referentes a um processo da Operação Lava Jato.

A defesa do político pediu que o ministro estendesse a Cabral os efeitos de decisões anteriores em que foi reconhecido um “conluio” entre o então juiz Sergio Moro — atual senador — e procuradores do Ministério Público Federal (MPF). 

Esse entendimento foi adotado, por exemplo, no caso de Marcelo Odebrecht. 

Na decisão desta quinta-feira (28), Toffoli disse que o pedido de Cabral não tem relação direta com o caso citado. 

Além disso, o ministro afirmou que, para haver o reconhecimento de suposto conluio seria preciso uma análise de fatos e provas diferentes daqueles já avaliados pela Corte. 

“O pleito ora em análise é formulado a partir dos diálogos transcritos na inicial entre o ex-magistrado e membro do Ministério Público no intuito de demonstrar conluio direto em relação ao requerente, residindo a causa da querela em situação extremamente subjetiva, estranha à do precedente invocado, na medida em que os diálogos diretos entre juiz e procurador reproduzidos na inicial dizem respeito apenas ao momento em que seria apresentada a denúncia”, disse o ministro.  

A defesa de Cabral apresentou conversas entre autoridades da Lava Jato obtidas pela operação Spoofing, que investigou o vazamento de mensagens entre Moro, Dallagnol e procuradores. 

A advogada de Cabral, Patrícia Proetti, disse à CNN que a decisão de Toffoli “não enfrenta o mérito do pedido” da defesa. “Portanto, seguindo sua orientação, permaneceremos aguardando a decisão do STJ”.

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